domingo, 3 de outubro de 2010

Sugestão

Se você ainda não compreendeu como uma criança com dislexia se comporta no meio educacional, encontre um tempo e assista o filme: "Como estrelas na terra - toda criança é especial".

http://www.justfilmeseseriados.org/filme-como-estrelas-na-terra-legendado


Dica do dia!! 
Livro: Dislexia - Você Sabe o que é?



                                                                         






Pelo menos 10% das crianças têm problemas de aprendizagem

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DISLEXIA

Sugestões para os Professores A escola tem papel fundamental no trabalho com os alunos que apresentam dificuldades de linguagem. Destacamos algumas sugestões que consideramos importantes para que ele se sinta seguro, querido e aceito pelo professor e pelos colegas. * O Disléxico tem uma história de fracassos e cobranças que o fazem sentir-se incapaz. Motivá-lo, exigirá de nós mais esforço e disponibilidade do que dispensamos aos demais; * Não receie que seu apoio ou atenção vá acomodar o aluno ou fazê-lo sentir-se menos responsável. Depois de tantos insucessos e auto-estima rebaixada, ele tende a demorar mais a reagir para acreditar nele mesmo; MELHORANDO A AUTO-ESTIMA: * Incentive o aluno a restaurar o confiança em si próprio, valorizando o que ele gosta e faz bem feito; * Ressalte os acertos, ainda que pequenos, e não enfatize os erros; * Valorize o esforço e interesse do aluno; * Atribua-lhe tarefas que possam fazê-lo sentir-se útil; * Evite usar a expressão "tente esforçar-se" ou outras semelhantes, pois o que ele faz é o que ele é capaz de fazer no momento; * Fale francamente sobre suas dificuldades sem, porém, fazê-lo sentir-se incapaz, mas auxiliando-o a superá-las; * Respeite o seu ritmo, pois a criança com dificuldade de linguagem tem problemas de processamento da informação. Ela precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido ao que ela viu e ouviu; * Um professor pode elevar a auto-estima de um aluno estando interessado nele como pessoa; Nós não aprendemos pelo fracasso, mas sim pelos sucessos. MONITORANDO AS ATIVIDADES: * Certifique-se de que as tarefas de casa foram compreendidas e anotadas corretamente; * Certifique-se de que seu aluno pode ler e compreender o enunciado ou a questão. Caso contrário, leia as instruções para ele; * Leve em conta as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir os deveres; * Estimule a expressão verbal do aluno; * Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões; * Dê "dicas" específicas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua disciplina; * Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo e no espaço; * Não insista em exercícios de fixação repetitivos e numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade; * Dê explicações de "como fazer" sempre que possível, posicionando-se ao seu lado; * Utilize o computador, mas certifique-se de que o programa é adequado ao seu nível. Crianças com dificuldade de linguagem são mais sensíveis às críticas, e o computador, quando usado com programas que emitem sons estranhos cada vez que a criança erra, só reforçará as idéias negativas que elas tem de si mesmas e aumentará sua ansiedade; * Permita o uso de gravador; * Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto for muito difícil para o aluno. Assim, a professora terá a garantia de que ele está adquirindo os principais conceitos da matéria através de esquemas claros e didáticos; * "Uma imagem vale mais que mil palavras": demonstrações e filmes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar as estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade auditiva e visual , e a discussão em sala que se segue auxilia o aluno organizar a informação. Por exemplo: para explicar a mudança do estado físico da água líquida para gasosa, faça-o visualizar uma chaleira com a água fervendo; * Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem consciência de seus erros. A maioria dos textos de seu nível é difícil para ele; Alunos disléxicos podem ser bem sucedidos em uma classe regular. O sucesso dependerá do cuidado em relação à sua leitura e das estratégias usadas. AVALIAÇÃO: * As crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes e provas: Em geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do teste e não estão certas sobre o que está sendo solicitado. - Elas têm dificuldade de escrever as respostas; - Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo estipulado * Recomendamos que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do aluno disléxico, especialmente as realizadas em sala de aula, adote os seguintes procedimentos: - Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele entenda o que está sendo perguntado; - Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas sobre o que está sendo perguntado; - Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma; - Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário, confirme com o aluno o que ele quis dizer com o que escreveu, anotando sua(s) resposta(s) - Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou gramaticalmente erradas não representam conceitos ou informações erradas; - Você pode e deve realizar avaliações orais também. Se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito que ele aprende. Disponível em: http://http://www.dislexia.org.br/

Para quem troca letras, criada a primeira cartilha nacional para alfabetizar disléxicos

REPORTAGEM DA REVISTA VEJA.
http://veja.abril.com.br/260406/p_076.html

GIULIANA BERGAMO

Dez por cento das crianças brasileiras sofrem de dislexia, uma alteração neurológica que causa dificuldades de aprendizagem, motricidade e uso da linguagem, entre outras. Enquanto os estudantes sem problemas levam um ano, em média, para aprender a ler e escrever, os disléxicos demoram o dobro. A maioria depara com o despreparo dos professores e enfrenta o preconceito dos colegas – o que deixa seqüelas psicológicas para o resto da vida. A fim de facilitar o aprendizado desses estudantes especiais, foi criada a primeira cartilha nacional especialmente desenvolvida para crianças disléxicas, com lançamento previsto para o fim de junho. Batizada de "Facilitando a Alfabetização" (a maldição do gerúndio não tem mesmo fim), ela é baseada em materiais criados pela Sociedade Internacional de Dislexia, com sede nos Estados Unidos. "Trata-se de um instrumento sem precedentes na educação de crianças com essa disfunção", diz o psicopedagogo Mario Angelo Braggio, especialista em distúrbios de aprendizagem.
A ciência ainda não desvendou completamente os processos cerebrais que levam à dislexia. A teoria mais aceita atualmente defende que se trata de um defeito na distribuição dos neurônios, quando a criança ainda está no útero materno. Por volta da 25ª semana de gestação, ocorre um reposicionamento dos neurônios. No cérebro dos disléxicos, por alguma razão, uma parte dos neurônios toma o caminho errado. A dislexia pode se manifestar de várias maneiras. Os problemas mais recorrentes são a dificuldade em diferenciar letras visualmente semelhantes, como o "p" e o "b", ou o "d" e o "q", e de relacionar o som de uma letra à grafia correspondente. Alguns disléxicos também apresentam dificuldade para memorização de certas informações. Listar, por exemplo, os nomes de países que começam com uma determinada letra pode representar um grande obstáculo.
A nova cartilha oferece exercícios criados para minorar as dificuldades dos portadores da disfunção (veja o quadro). Conta, ainda, com alguns "truques" – entre eles, letras em alto-relevo, que visam a familiarizar os estudantes com o formato delas. A explicação é que, com o auxílio do tato, fica mais fácil memorizar a maneira correta de escrevê-las. Uma vantagem da cartilha é que ela pode ser utilizada por crianças não disléxicas. Mas o título com gerúndio, convenhamos, é uma desvantagem estilística que deveria ser eliminada

Dislexia e Superproteção

Não proteja demasiado o seu filho só porque tem dislexia ou outra dificuldade de aprendizagem. No fundo, não está a ajudá-lo, mas a prejudicar o seu desenvolvimento.
Precisa de ensinar o seu filho a defender-se e a “fincar” os pés naquilo que é e acredita, isto porque não vai estar sempre com ele para o proteger.
Tem de fazer com que o seu filho compreenda que o mundo não é justo, especialmente para quem tem algum tipo de dificuldade como a dislexia. Colegas vão gozar porque vão achar que o seu filho é um alvo fácil (veja ciberbullying).
É importante também ensinar o seu filho que ter dislexia ou outra dificuldade de aprendizagem não pode servir de desculpa para fazer qualquer coisa, existem regras e boa educação.
Ensine o seu filho a lidar com o seu próprio dinheiro, é importante criar bons hábitos que o ajudarão na sua vida futura.
http://www.espacoaprendizagem.info/dislexia-e-superproteccao/

Criar Jogos para Disléxicos

Jogos são uma excelente ferramenta para promover a aprendizagem, nomeadamente de um disléxico ou com outra dificuldade de aprendizagem.
Para que possa criar de forma eficaz jogos que facilitem a aprendizagem de um disléxico, siga estas dicas:
  • Investigue sobre dislexia – aprenda sobre os sinais e os pontos fracos e fortes acerca da dislexia;
  • Crie letras em vários formatos e texturas e brinque com a construção de palavras;
  • Reproduza jogos que encontre em catálogos educacionais. Alguns são bastante dispendiosos, mas facilmente reproduzíveis;
  • Modifique jogos existentes para ir de encontro às necessidades do disléxico (especialmente um tipo de jogo que este aprecie);
  • Partilhe ideias com outros pais, professores, e técnicos de forma a melhorar os seus jogos;
  • Elabore o jogo em conjunto com o disléxico, ficará surpreendido com a criatividade.

Espaço Aprendizagem

Espaço Aprendizagem - espacoaprendizagem.info –
 É um portal onde pode encontrar informação clara, concisa e objetiva acerca de dislexia, dificuldades de aprendizagem, síndromes e deficiências. Poderá encontrar definições, características, causas, testes, legislação, diversos tipos de terapias, técnicas e tratamentos, exercícios e jogos para trabalhar as diferentes dificuldades de aprendizagem ou deficiências, enfim recursos para ajudar o seu filho ou o seu aluno.